segunda-feira, 28 de março de 2011

A GRANDE TRANSIÇÃO - Joanna de Ângelis.(DIVALDO)

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade. Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus. Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções. Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa à ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos. Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui. A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto. Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional. Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos. O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.


Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas. As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial. A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.
Joanna de Ângelis.(DIVALDO) - Livro: "Jesus e Vida"- página 15. 

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

domingo, 27 de março de 2011

FILME AS MÃES DE CHICO XAVIER ESTREIA DIA 01 DE ABRIL TAMBÉM EM GARANHUNS!

Os Espíritas e simpatizantes da Doutrina Espírita, poderão no dia 01 de abril assistir a estréia nacional do filme que encerra as homenagens do centenário de aniversário a Chico Xavier. Quem assitiu Chico Xavier - O Filme, Nosso Lar, vai se emocionar ainda mais com As Mães de Chico Xavier!

Esta foi a grande notícia que a Estação Luz, no encerramento da Palestra de Frederico Menezes, na XXII Edição do Engaje em Garanhuns trouxe aos Espíritas do Agreste Meridional.

VIAGEM ASTRAL


quarta-feira, 23 de março de 2011

A LIÇÃO DE FRANCISDO DE ASSIS

Francisco designara Frei Ângelo como prior de Monte Casale. E naquela época eram famosos três ladrões e assaltantes que, um dia, bateram à porta do convento pedindo comida. Frei Ângelo queimou-se:
- “Ladrões e homicidas cruéis, não contentes em roubar o trabalho suado dos outros, ainda pretendem desavergonhadamente devorar as esmolas dos pobres servos de Deus! Sumam, que não merecem sequer que a Terra sustente seus passos!”. E eles rodopiaram envergonhados.
Mas pouco após chegava ao convento, depois de recolher as esmolas, o próprio Francisco. O prior contou-lhe o ocorrido. E Francisco não gostou.
- “Teu comportamento foi cruel, pois os pecadores se conquistam para Deus com doçura, e não com repreensões. Por isso disse Jesus no Evangelho, que nós prometemos observar, que não são os sadios que precisam de médico, mas os doentes, e que Ele não veio para chamar os justos, mas os pecadores à penitência; e por isso, muitas vezes comia com eles. Então, como agiste contra a caridade e contra o Evangelho de Jesus, eu te ordeno em nome da santa obediência que vás imediatamente atrás deles, com este cesto de Paes e esta botija de vinho que acabamos de ganhar. Procura-os por montes e vales, e quando os encontrares, dá-lhes de comer, e depois ajoelha-te diante deles e confessa humildemente tua culpa de crueldade; a seguir, pede-lhes que não causem mais mal aos outros, mas temam a Deus e não ofendam ao próximo. E dize-lhes que lhes prometo sustentá-los em todas as suas necessidades e dar-lhes de comer e beber enquanto vivam”. 
Frei Ângelo foi. Fez tudo conforme ordenado. E conquistou os três assaltantes, que se tornaram três frades exemplares na ordem franciscana.
A sabedoria da humildade conquista qualquer coração.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Amor é Daltônico

O filme Chico Xavier teve retumbante estréia. Perto de 600.000 ingressos vendidos, um número não alcançado desde 1995, com a diferença de que naquele tempo o cinema ainda era a opção de lazer mais procurada.
Incrível como um mineiro humilde, filho de família paupérrima, que em linguagem atual viveu uma infância “abaixo da linha da pobreza”; que estudou apenas até o quarto ano do chamado “grupo escolar”, que foi modesto serventuário do Estado, tenha alcançado tal notoriedade, a ponto de arrastar multidões para apreciar um filme sobre sua vida.

Sem dúvida, em boa parte essa notoriedade sustenta-se na prodigiosa mediunidade que fez de Chico autêntica máquina linotipo do Além, a produzir livros à mão cheia, como diria Castro Alves, com espantosas revelações sobre o mundo espiritual e o inter-relacionamento entre o “lado de lá” e o “lado de cá”, incluindo mensagens dos mortos aos entes queridos.
Mas, meu caro leitor, o que realmente fez de Chico Xavier uma das figuras mais ilustres do Brasil, eleito o mineiro do século passado, reverenciado pela população brasileira, foi sua figura humana, de autêntico discípulo do Cristo, a ensinar e exemplificar, o amor preconizado por Jesus, amor em plenitude, que se exprime no empenho de servir, vendo no Bem prestado ao próximo um estilo de vida, uma razão para viver.

Dizia Chico:

O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que escalássemos o Everest ou fizéssemos grandes sacrifícios.
Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.
Foi exatamente isso que ele fez a vida inteira – amou o próximo, distribuindo bênçãos de auxílio ao redor de seus passos, atendendo necessitados, confortando aflitos, solidarizando-se com os sofredores, estendendo a esperança aos desesperados...

Por isso, independente de credo religioso, as pessoas empolgam-se com seu Espírito resplandecente, porquanto o amor, quando realizado em plenitude por alguém, é um fenômeno espantoso, que comove, atrai, motiva e jamais se esquece!
Abençoado Chico Xavier!
***

Na contramão do amor, o mais execrável de todos os preconceitos – o religioso.
Chico o combateu sempre, com a excelência do exemplo. Multidões de adeptos de outras religiões, incluindo até gente sem religião, foram atendidas ao longo de seus 75 anos de labores mediúnicos, sem que Chico jamais lhes perguntasse a crença.

Lamentável nesse aspecto a postura de jogadores famosos do Santos Futebol Clube que, conforme foi largamente noticiado pela mídia, recusaram-se a descer do ônibus que os conduzia para visita a uma entidade filantrópica que acolhe crianças com deficiência física e mental, ao serem informados de que se tratava de uma instituição espírita.
A razão: sua religião não permitia.
Religião? Cristã?

Está faltando um Chico Xavier, ou uma Madre Teresa de Calcutá, ou um Albert Schwartzer em seitas que se dizem cristãs, mas não aprenderam o elementar – o amor ao próximo, incansavelmente ensinado e exemplificado por Jesus é daltônico, não tem cor religiosa.

Richard Simonetti

LÁGRIMAS



Quando a luta te deixe em plena estrada,
Qual tronco a sós, sem flores e sem frondes,
Na secreta renúncia a que te arrimas,
Bendita seja a lágrima que escondes!

Quando a amargura te converta a vida
Em rede estranha de sinistras horas,
Mesmo nas raias do suplício extremo,
Bendita seja a lágrima que choras!

Quando a prova te assalte os semelhantes
Na dor de sendas ásperas e incertas,
Na simpatia que te inflama o peito,
Bendita seja á lagrima que ofertas!

Quando, porém, caminhas na bondade
A que nobre e sereno te conjugas,
Muito acima das lágrimas que vertes,
Bendita seja a lágrima que enxugas!
   

quinta-feira, 17 de março de 2011

MAIS UM NOVO DIA


Aqui estamos nós. Aí está você.
O importante MESMO é você saber que você está aí e bem.
Seja como for, você acaba de ganhar mais um dia de presente para viver.
Por isso, comemore este novo dia.
Agradeça.
A partir de agora você retoma o contato com a magia de fazer parte da raça humana.
Viva este evento como algo fantástico.
Afinal, você também é um milagre da natureza.
Cada manhã traz a oportunidade de sintonia com o universo através de múltiplos canais de percepção.
Enquanto você ainda está no silêncio, na intimidade dos seus pensamentos, nos devaneios do espírito da rotina de mais um despertar, a vida se revela... Emocione-se com os fenômenos da natureza, a chuva, o vento , as nuvens, os trovões, os primeiros raios de sol que estão começando a colorir o céu ...
E principalmente , emocione-se porque você faz parte deste espetáculo...
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.
Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.

Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.

Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.

Esperamos demais para ser pais dos nossos
filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.

Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. quem sabe quão logo será tarde demais??

Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor, que talvez não seja mais necessário amanhã.

Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco. Deus também está esperando - esperando nós pararmos de esperar.

Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.


POEMA DA GRATIDÃO

ESTREIA EM ABRIL - FILME AS MAES DE CHICO XAVIER

quarta-feira, 16 de março de 2011

O QUE É ESPIRITISMO?

Introdução


É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

"O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e incessantemente ativas da Natureza (...). (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.I)

"O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

As verdades da Doutrina Espírita se fundamentam em bases filosóficas, são demonstradas de forma científica e se desdobram em conseqüências religiosas.

O Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Ele ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade, as bases reais para sua espiritualização. É de grande relevância recordarmos que Jesus, em sua primeira e única encarnação na Terra, despediu-se dos discípulos com um discurso. Assim, o Mestre – o espírito mais perfeito que já passou pela Terra, o nosso Governador Espiritual, o nosso único Guia e Modelo – afirmou:
"Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis porque permanecerá convosco e estará em vós. -Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito." (João, cap. XIV, v. 15 a 17 e 26).

Jesus promete, então, outro consolador: o Espírito da Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo pois as pessoas, naquele momento, não conseguiriam entender; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.

"O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e por que está na Terra; chama para os verdadeiros princípios da Lei de Deus e consola pela fé e pela esperança". Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI)


O que revela?

Revela novos conceitos e aprofunda os já existentes a respeito de Deus, do Universo, dos homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.


Qual a sua abrangência?

Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento das atividades, e do comportamento humano. Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Princípios da Doutrina Espírita (pontos fundamentais):


DEUS: O Pai Criador, a Inteligência Suprema, a Causa Primeira de Todas as Coisas.
JESUS: O Guia e Modelo, O Amado Mestre, O Espírito Mais Perfeito que já passou pela Terra, o Governador Espiritual do Planto Terrestre.
KARDEC: A Base Fundamental.

. Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
. Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
. No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
. Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
. O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semi-material que une o Espírito ao corpo material.
. Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
. Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
. Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
. Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
. Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.
. Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
. As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
. Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
. A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
. O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
. A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
. A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
. A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.


Prática Espírita

. Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes". Assim, todos os trabalhadores espíritas (oradores, passistas, dirigentes, médiuns de toda ordem, músicos, etc) trabalham sem recebimento financeiro algum.
. A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
. O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
. O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
. A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adote.
. Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
. O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".
O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.


O Centro Espírita

É escola de formação espiritual e moral, baseada no Espiritismo, ou seja, nos ensinamentos de Jesus. É posto de atendimento fraternal a todos os que o procuram com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação. É núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.

É casa onde as crianças, os jovens, os adultos e os idosos tenham oportunidade de conviver, estudar e trabalhar, dentro dos princípios espíritas.
É oficina de trabalho que proporciona aos seus freqüentadores oportunidade de exercitar o aprimoramento íntimo, pela vivência do Evangelho em suas atividades. É recanto de paz construtiva, propiciando a união de seus freqüentadores na vivência da recomendação de Jesus: "Amai-vos uns aos outros".

Caracteriza-se pela simplicidade própria das primeiras Casas do Cristianismo nascente na prática da caridade, na total ausência de imagens, paramentos, símbolos, rituais, sacramentos ou outras quaisquer manifestações exteriores.
É a unidade fundamental do Movimento Espírita.


Seus Objetivos

Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita atendendo e ajudando às pessoas:
- que buscam orientação e amparo para seus problemas espirituais e materiais;
- que querem conhecer e estudar a Doutrina Espírita;
- que querem exercitar e praticar a Doutrina Espírita, em todas as suas áreas de ação.

Suas Atividades Básicas

1. Divulgação da Doutrina Espírita (por todas as formas e meios compatíveis com os princípios doutrinários): palestras, aulas, grupos de estudos, livros, etc.

2. Assistência espiritual (orientação e ajuda às pessoas com necessidades espirituais): atendimento fraterno, exposição de temas espíritas, estudo do evangelho à luz da Doutrina Espírita, passes e atividade mediúnica.

4. Assistência e promoção social (orientação e ajuda às pessoas com necessidades materiais): assistência através da distribuição de alimento, roupa e remédio, e promoção através de cursos de orientação, ensino e formação profissional.

LUTAS

Meus Filhos

Permaneça conosco a paz do Senhor!

Recrudescem as lutas. Os anunciados tempos de transição chegam e fragorosas batalhas são travadas.

É indispensável a aferição de valores que devem caracterizar os combatentes. Dificuldades e desafios apresentam-se no planeta em todas as áreas do conhecimento e do comportamento.

As estruturas mal construídas do passado esboroam-se ante o fragor das demolições incessantes. A árvore que não foi plantada pelo Bem é derrubada, e as casas edificadas sobre as areias movediças ruem desastrosamente.

Mas a obra do bem permanece suportando os vendavais, enfrentando todos os desafios.

Não nos preocupemos com esses momentos que nos chegam, estabelecendo entre as criaturas o desequilíbrio e estimulando à debandada. Os discípulos da verdade devem permanecer fiéis aos postulados que abraçam, vivenciando-os.

Não seja, pois, de estranhar, que a incompreensão sitie os nossos passos e obstáculos imprevistos apareçam pela senda que percorremos. Devemos contar com a consciência ilibada e nunca aguardar o aplauso da insensatez.

Nosso modelo é Jesus, para Quem não houve lugar no mundo.

O Codificador igualmente seguiu-Lhe as pegadas e soube arrostar as consequências do messianato a que se entregou, incorruptível e tranquilo.

Lamentamos que as maiores dificuldades sejam intestinas em nosso Movimento, mas compreendemos que as criaturas se demoram em diferentes patamares de consciências, possuindo a ótica própria para observação dos fatos e interpretação da mensagem. Já que não nos é lícito impor a proposta espírita libertadora, não nos preocupemos com as imposições que nos chegam.

Todos estamos informados dos fins dos tempos e o egrégio Codificador da Doutrina asseverou-nos que o mundo de provas e de expiações cederia lugar ao mundo de regeneração.

Através dos tempos se tem informado que essa modificação se dará por meio de fenómenos sísmicos dolorosos; através de lutas cruentas, em guerras intermináveis; mediante os conflitos humanos. No entanto, se observarmos a História, encontraremos todos esses acontecimentos assinalando períodos de transição.

A grande luta deste momento se travará no país da consciência de cada discípulo de Jesus. As convulsões serão de natureza interna. A batalha mais difícil será a da superação das más inclinações, administrando-as e direcionando-as para o Bem.

Por mais difíceis se nos apresentem as acusações, e por mais terrível seja a morbidez direcionada para impossibilitar-nos o avanço, mantenhamos a serenidade.

Que receio nos podem proporcionar aqueles que apenas falam contra nós?!

Atuando no bem e sabendo confiar no tempo, levaremos a mensagem de libertação da Doutrina Espírita às diferentes Nações da Terra, pulcra, conforme no-la legaram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec e dos seus discípulos mais dedicados.

O movimento expande-se; nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita, nem mesmo aqueles que, dizendo-se adeptos da palavra do Codificador, erguem-se para zurzir-nos com as expressões destrutivas, utilizando-se das armas da impiedade disfarçada de dedicação à Causa.

O servidor da verdade permanece-lhe fiel, não divulgando o mal, mas apresentando o bem; mesmo do erro tirando a melhor parte, aquela que serve de lição para não se voltar ao engano ou não se estabelecerem novos compromissos negativos.

Confiai, filhos dedicados!

Vossos passos na Terra devem deixar sinais que possam servir de roteiro para os que vierem depois.

O nosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão, para que a religião cósmica da verdade domine os corações humanos, restaurando no planeta a era da legítima fraternidade.

O Espiritismo vem desempenhando o papel para o qual foi codificado.

Não nos detenhamos na análise dos impedimentos, dos erros, mas examinemos a extensão dos benefícios que hoje conduzem milhões de vidas que se norteiam para o Bem.

Não guardemos qualquer ressentimento, nem nos deixemos entristecer ou entibiar, quando as forças parecerem diminuídas.

Não nos permitamos desanimar, porquanto o nosso é um trabalho pioneiro, a nossa é uma tarefa caracterizada pelo estoicismo.

Nossa jornada deve estar assinalada pelo amor, e é natural que ainda não haja lugar para ele entre muitos Espíritos que se encontram em níveis de evolução diferentes.

Avancemos unidos. O ideal de unificação vem do mundo espiritual para a Terra.

Se não formos capazes de discutir as nossas dificuldades idealistas em clima de paz, de fraternidade, de respeito mútuo, de dignificação dos indivíduos e das instituições, que mensagem podemos oferecer ao mundo e às criaturas estúrdias deste momento?!

Tem-se a medida do valor moral do homem pelas resistências que vive nas lutas que trava.

Os ideais tomam-se grandiosos pelo que provocam nos inimigos gratuitos do progresso.

A Doutrina Espírita, repitamos, é Jesus, meus filhos, em nova linguagem perfeitamente compatível com os arroubos da Ciência e os fatos demonstrados pela experimentação de laboratório, assim com pelas conquistas tecnológicas. Mas, a criatura humana, que é o laboratório da própria evolução, no seu encontro com Jesus através da fé racional, clara e nobre, é o campo onde o bem se instalará em definitivo, como célula do organismo social.

E dessa criatura transformada teremos a sociedade melhor que o Espiritismo deve construir.

Fiquem, no passado, todos os problemas-desafios.

Fiquem, no silêncio das nossas palavras e no verbo das nossas ações edificantes, os nossos propósitos de servir, confiando que a casa construída na rocha sobreviverá aos fatores externos que, aparentemente, a ameaçam, e o ideal sobrepairará conduzindo todos ao imenso fanal da plenitude.

Senhor de nossas vidas, prossegue conduzindo-nos!

Ovelhas tresmalhadas que somos do Teu rebanho, apieda-Te da nossa tibieza de caráter, da nossa fragilidade moral e conduze-nos com Tua paciência de Pastor multimilenário, que nos guarda pelas trilhas da evolução.

Despede-nos, Excelente Filho de Deus, enriquecidos de paz e de entusiasmo, na certeza de que nunca nos deixará a sós, mesmo quando, por qualquer circunstância, nos resolvamos afastar de Ti; concede-nos então uma outra oportunidade, permanecendo conosco por todo o tempo.

Que assim seja!

Muita paz, meus filhos.

Que o Senhor permaneça conosco, são os votos do servidor humílimo e fraternal de sempre.


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco